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Nematoda

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Reprodução dos Nematoda

biancabarbosa3

Muitos nematódeos podem se reproduzir por partenogênese (sem a necessidade de um parceiro para acasalamento), porém, a maior parte das espécies são gonocóricas e possuem um certo dimorfismo sexual, isto é, possuem sexos separados.


O sistema reprodutor feminino geralmente consiste em um ou dois ovários alongados, que gradualmente se tornam ocos à medida que formam os oviductos e depois dilatam para formar os úteros. Os úteros convergem para formar uma vagina curta conectada a um único gonóporo, que se abre na vulva. O gonóporo feminino está completamente separado do ânus e abre-se na superfície ventral, perto do segmento intermediário do corpo ou, em alguns casos, bem acima do ânus.

Os machos tendem a ser menores que as fêmeas e é comum que sejam acentuadamente curvados posteriormente. O sistema reprodutor masculino tipicamente inclui um ou dois testículos tubulares filiformes, cada qual apresentando diferenciações regionais em uma zona germinativa distal, uma zona de crescimento média e uma zona de maturação proximal perto da junção com o espermoducto. O espermoducto estende-se em direção posterior, onde se alarga como uma vesícula seminal levando a um ducto ejaculatório muscular, que se une ao trato digestivo posterior perto do ânus. Algumas espécies têm

glândulas prostáticas, que secretam líquido seminal dentro do ducto ejaculatório. A maioria dos nematódeos-macho tem um aparato copulatório, o qual inclui uma ou duas espículas cuticulares que transferem o esperma.















Sistemas reprodutivos dos nematódeos. A e B. Sistema reprodutivo de uma fêmea e um macho de Ascaris (dissecados).



Os casais em potencial entram em contato (as fêmeas de algumas espécies são conhecidas por produzirem feromônios, que atraem os machos) e, em geral, os machos enrolam sua extremidade posterior curvada ao redor do corpo da fêmea, perto de seu gonóporo. Nessa posição, as estruturas copulatórias são introduzidas na vagina e os espermatozóides são transferidos por contrações do ducto ejaculatório. A fecundação geralmente ocorre dentro do útero. Os indivíduos copulam, e a fertilização é interna.


Alguns aspectos da reprodução e do desenvolvimento dos nematódeos são um tanto incomuns, como, por exemplo, os espermatozoides destes serem formas amebóides, em vez de flagelados. Uma segunda característica incomum é o fenômeno da diminuição dos cromossomos, através do qual regiões específicas do DNA são destruídas durante

o desenvolvimento. Diminuição cromossômica tem sido observada em pelo menos uma dúzia de espécies de nematódeos parasitas. Duas células dão origem as gônadas e produzem os gametas para a próxima geração. As células remanescentes, as quais retêm tão pouco quanto 20% do genoma original, produzem todos os tecidos somáticos (não produtores de gametas). Ainda uma terceira característica peculiar do desenvolvimento de nematódeos e a constância do número de células. Quando a organogênese é concluída, a mitose cessa em todas as células somáticas da maioria dos tecidos. Assim, a continuação do crescimento destes tecidos é devida não a um aumento no numero de células, mas a um aumento no tamanho das células.


Por fim, os nematódeos estão entre os poucos grupos de invertebrados que não possuem um estagio larval livre-natante morfologicamente distinto no adulto. Os animais jovens emergem dos seus ovos resistentes como miniaturas de adultos. Contudo, muitas espécies de vida livre podem passar por um estagio de “suspensão” do desenvolvimento, chamado de “larva dauer”, na segunda muda. A “larva dauer” (um estagio juvenil, na verdade) e essencialmente inativa, tem uma taxa metabólica muito baixa e não pode se alimentar. Pode, no entanto, viver por muitos meses até que as condições ambientais melhorem, momento em que o desenvolvimento normal e retomado e o animal conclui as duas mudas finais para atingir a fase adulta.



REFERÊNCIAS:


Brusca, R. C., Moore, W. & Shuster, S. M. 2018. Invertebrados. 3ª ed. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro. 1032 p.

Pechenik, J. A. 2016. Biologia dos Invertebrados. 7ª ed. AMGH Editora Ltda., Porto Alegre. 628 p.

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